segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Quem não tem vergonha nunca terá - Governo vai oferecer cargos para amarrar apoios de partidos na campanha de 2014

Em países sérios, com partidos igualmente sérios, as alianças partidárias se dão por afinidades programáticas. Mas no Brasil, que não é um país politicamente sério, pois não tem partidos sérios, as alianças partidárias se dão por oportunismo mesmo, ou seja, na base da pilantragem e loteamento de cargos, não importando se os indicados são realmente capazes de levar adiante os projetos tão necessários para o desenvolvimento do país e nossa gente.
A presidente Dilma Rousseff (PT), que se ufana de estar num partido <<ético>>, pretende usar cerca de 12 vagas deixadas por ministros que vão disputar as eleições em 2014 para amarrar o apoio do PP, PTB e PSD a seu projeto de reeleição. A reforma deverá ser feita no fim de dezembro ou em janeiro. Caso uma aliança formal com esses partidos não seja possível, sobretudo por conta dos palanques regionais, a ideia do governo é que as siglas seduzidas, se não apoiarem Dilma, ao menos não deem palanque para os adversários da petista. Nisso tudo, nem uma pontinha de vergonha, nenhum coramento, somente o pragmatismo de quem pensa no próprio umbigo.
A estratégia, revela a Folha de S. Paulo, é considerada fundamental para neutralizar a capilaridade do PSDB, do senador Aécio Neves (MG), e do PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, agora apoiado pela ex-ministra e ex-senadora Marina Silva.
O governo não descarta que o PMDB, numa reforma ministerial, possa ceder mais espaço para partidos que ganharam mais importância com o troca-troca protagonizado por parlamentares até o último dia 5.

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