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Vaias são demonstração da impopularidade de Dilma e obstáculos na Copa |
O Datafolha, por exemplo, que apresenta a Dilma com possibilidade de reeleição no primeiro turno de 2014 é um exemplo disso, pois há distorções gritantes em seus métodos, inclusive na escolha da amostragem.
Porém, não obstante as questões técnicas e de sacanagem embutidas nessas pesquisas, temos a observar que ainda é muito cedo para a turma dos amigos dos mensaleiros comemorarem, falta ainda muita linguiça para fazer a farofa, há tempo demais nos separando do pleito e os candidatos ainda não estão definidos e muito menos tiveram o tempo de exposição cavalar que Dilma tem na TV e outros meios de comunicação. Ainda por cima, a presidente dispõe da máquina administrativa que também funciona como elemento de propaganda. Isso sem falar nesses programas e bolsas francamente eleitoreiros que coloca no bolso boa parte do eleitorado dependente das esmolas públicas.
Esses números do Datafolha apresenta um quadro de hoje, que certamente não se confirmará depois da definição de todas as candidaturas, do alinhamento dos partidos e forças políticas, da distribuição do tempo de TV e, principalmente, na das propostas e formulação de estratégias de campanha de cada coligação concorrente.
De todas as candidaturas, não importando os nomes, a de Dilma é a mais vulnerável, pois depende do sucesso econômico improvável para o próximo ano, a não ser que se apele para métodos de maquiagem dos números -- ao se praticar a maior taxa oficial de juro de que se tem notícia no mundo, ao ser assediada pela inflação e pela natural alta de preços provocada pelos mercados internacionais em franca recuperação e portanto, com maior capacidade de consumo. Ainda na esfera administrativa, há a questão da saúde, com o polêmico programa improvisado chamado de Mais Médicos e a segurança pública mal resolvida e não operante, num verdadeiro reino de horrores.
Há ainda eventos importantes nesse ano que faltam ser considerados, como a efetivação e inauguração das obras deste governo, sempre na desconfiança do povo, quanto à qualidade e superfaturamento. Há também a Copa do Mundo, em que certamente qualquer deslize pode determinar perda de votos, como por exemplo, Dilma ter que resolver se aparece ou não aparece nos jogos de abertura e enceramento da Copa como é tradição. Se não aparecer vão dizer que é por medo e se aparecer corre o risco da vaia. Para evitar a segunda hipótese, somente com a contratação de uma claque amistosa, pois já virou moda a vaia contra ela e membros do governo. Resta ainda, em relação à Copa, o comportamento do povo nas ruas com prováveis manifestações populares e a segurança que se vai dar aos turistas, dentre tantos outros detalhes.
No plano político ainda, Dilma vai ter que decidir que tratamento dará para Lula e como pretende dominar grupos de desafetos dentro do próprio governo, a ciumeira gerada numa campanha em que se parte da perigosa premissa do já ganhou e que, geralmente determina caneladas entre os que vão lotear o governo de forma antecipada. E no meio disso tudo, o julgamento do Mensalão, que também é uma incógnita em seus resultados.
E mais, não existe e nunca existiu eleição ganha até a contagem do último voto, na dinâmica de campanhas temos que considerar nosso velho amigo descoberto pelo dramaturgo Nelson Rodrigues, o Sobrenatural de Almeida, inevitavelmente muito atuante em época eleitoral e creio que sobremodo nesta que se vislumbra a partir de agora. Rojões neste momento são, para os amigos dos mensaleiros, no mínimo, temerários.
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