sábado, 21 de fevereiro de 2015

Resenha de Domingo: Nostradamus, o místico profeta que escrevia poesia para fugir da fogueira da Inquisição


Fernando Nandé
            

A primeira pergunta que se deve fazer sobre alguém que se tornou mito é se ele existiu realmente e, em caso afirmativo, o segundo passo é eliminar os excessos comuns às biografias mitológicas.
             Sim, Michel de Nostradamus, nome latinizado de Michel de Nostredame, não é lenda. Ele nasceu ao meio-dia de 14 de dezembro de 1503, em Saint Rémy de Provence, filho do casal judeu convertido ao catolicismo Jacques de Nostredame e Reyniére de Saint Rémy. Sua grande cultura e inteligência foram estimuladas desde cedo pelo seu avô Jean, que deu ao menino as primeiras noções de grego, latim, hebraico, matemática, cabala e astrologia.
            Com 19 anos, ele ingressou como estudante de medicina em Montpelier. Após receber o título, começou a clinicar tratando doentes atingidos pela peste, doença endêmica na Europa do século XVI. Em 1525, ele já era reconhecido como um bom médico nas cidades em que circulava: Narbonne, Carcassonne, Toulouse, Bordeaux e Avignon. Depois, começou uma série de viagens por quatro anos – durante sua vida errante, acredita-se que ele também tenha passado pela Itália e Sicília.
            Pouco se sabe do médico no período que vai de 1525 até 1546. Uma informação comum nas suas inúmeras biografias mostra que Nostradamus se estabeleceu por certo tempo em Agen, onde se casou. Nessa mesma localidade, ele teria perdido a esposa e dois filhos vitimados pela peste. Depois, Nostradamus muda-se em definitivo para Salon de Craux, onde se casa e tem filhos.
            A partir de 1550, Nostradamus passa a editar almanaques anuais contendo material astrológico. Em 1555 faz publicar a primeira edição das Centúrias. Quatro anos mais tarde, uma de suas profecias é confirmada com a quadra que previa morte trágica do rei Henrique II da França. Pela fama alcançada, ele começa a atender membros da nobreza europeia, como médico e como astrólogo.
            Os antigos biógrafos de Nostradamus afirmam que uma das fontes de sua poesia profética é a Astrologia, porém misturada a conhecimentos de Astronomia. Mas nas duas primeiras quadras da primeira centúria, o próprio Nostradamus nos explica seu método e ritual antes de registrar o que tinha lhe chegado como presságios:
I.1
ESTANT assis de nuict secret estude,
Seul reposé sur la selle d'aerain:
Flambe exigue sortant de solitude,
Fait prosperer qui n'est à croire vain.
[Estando sozinho, à noite, em secretos estudos, tomo assento no tripé de cobre: minúscula chama surge da solidão e faz progredir quem não crê em vão].
I.2
La vierge en main mise au milieu de Branches
De l'onde il moulle et le l'imbe e le pied:
Vn peur et voix fremissent par les manches:
Splendeur diuine. Le diuin pres s'assied.
[O bastão em meio a ramos nas mãos, a água me molha tanto os pés quanto a barra da túnica. Minha voz treme e o tremor passa pelo meu punho. Fulgor divino. O divino desce sobre mim].
            Pela extensão da obra poética de Nostradamus, ele deve ter repetido esse ritual por anos a fio. As noites no século XVI eram tediosas e mal iluminadas por velas em minúsculas chamas. De acordo com essas duas quadras, completamente só, o profeta senta-se numa cadeira feita de bronze e mergulha seus pés numa bacia com água e ervas medicinais – sofria de gota – e, dessa maneira, entra num transe semelhante aos médiuns que hoje psicografam. Sentia-se assim, em estado quase que febril e inspirado por uma entidade divina.
 Tumba de Nostradamus no Collégiale St-Laurent, Salon
            Muitos entendem o bastão e as ervas em sua mão como uma espécie de filtro para suas profecias, mas a razão para isso nos parece prática, ele usava o bastão para agitar as ervas medicinais da efusão preparada na bacia com água quente, com a intenção de descansar seus pés e tratar a gota, sem que para isso tivesse que se levantar da cadeira. Assim, num dia qualquer, por dever de ofício, ou talvez como incontestável prova de que possuía um dom singular, Nostradamus prevê e descreve a sua própria morte:

Prèssage CXLI. Nouembre.
Du retour d'Ambassade. dô de Roy. mis au lieu
Plus n'en fera: sera allé à DIEV:
Parans plus proches, amis, freres du sang,
Trouué tout mort prés du lict & du banc.
[Ao retornar da Embaixada e guardando o presente do rei em lugar seguro, ele não poderá mais agir e morrerá. Os parentes próximos, amigos e consanguíneos o encontrarão morto ao lado do leito e da cadeira].
            No final do ano de 1564, Nostradamus visitou Carlos IX, que lhe ofereceu uma quantia de trezentos escudos de ouro. Logo após, sua família e seus amigos o encontraram morto, ao lado da cama e ao pé da cadeira de bronze.

A epopeia do futuro e o poeta Nostradamus

            Em todas as análises que se me ofereceram aos olhos sobre Nostradamus noto que um fato de
Edição de 1568 das Centúrias de Nostradamus
muita importância é simplesmente relegado ao segundo plano ou nem mesmo é considerado: Nostradamus é antes de tudo um poeta, com toda a carga e peso que essa designação guarda. Na totalidade, sua obra é construída em versos.
            Considerando apenas as Centúrias, vamos encontrar 12 delas, planejadas, é lógico, para conter cada uma 100 quadras, num total de 1.200 quadras, ou 4.800 versos. Todavia, algumas delas aparecem com números diferentes: a sétima com 46 quadras; a oitava com 108; a décima primeira com apenas duas; e a décima segunda com 11 quadras. Num total efetivo de 967 quadras, ou 3.868 versos. Uma hipótese a ser considerada, além da falta de tempo para terminá-las, é que inicialmente o poeta planejou 10 Centúrias e não doze como aparecem em quase todas as edições que vieram a lume.
            Ora, esse número de versos em uma única obra é comum em epopeias. A Ilíada, atribuída ao poeta grego Homero (século VII a.C), é composta por 15.693 versos. O nosso Luís Vaz de Camões (1524-1580) compôs “Os Lusíadas” com 8.816 versos.
            A propósito, o grande poeta português é contemporâneo de Nostradamus e, por isso, julgo convenientes algumas observações: as primeiras partes das Centúrias foram publicadas entre 1555 e 57 e “Os Lusíadas” em 1572; Camões escreveu em oitavas – oito versos decassílabos rimados no esquema ABABABCC; Nostradamus optou pela quadra – quatro versos decassílabos rimados no esquema ABAB.
            É evidente que apenas faço um paralelo comparativo entre as dimensões das obras citadas e jamais me proporia a outra forma de análise, porque são casos totalmente diferentes. Incialmente, ao contrário do que acontece com a leitura de Camões, para a pobre alma que se debruça por sobre a magnífica extenuante obra de Nostradamus, nada mais se vê do que um amontoado de enigmas distribuídos em caótica ausência de ordem numa linha do tempo inexistente, complicados por uma linguagem aparentemente obscura e até mesmo incompreensível. Somem-se a essas dificuldades, versos decassílabos escritos em Francês Provençal (arcaico) misturados ao Latim e ao Grego, em grande parte afrancesado, com a sintaxe de regência latina – em alguns versos são suprimidos os artigos e as palavras obrigam o tradutor às regras das declinações e modos praticadas ainda no tempo dos imperadores romanos; para piorar, como poeta e profeta Nostradamus recorre a figuras de linguagem, anagramas e à ordem indireta em seus versos, para garantir o seu estilo profético, além da métrica e cadência exigidas pela poesia.
            Outras perguntas que temos que fazer a esta altura: por que Nostradamus apresenta sua obra dessa maneira confusa e em qual categoria poética devemos enquadrá-la?
            Para responder a essas questões, há de se buscar o clima político e religioso da época em que viveu o profeta. A Igreja Católica, com a inquisição do Santo Ofício, intensificou a caça às bruxas depois do início de movimentos reformistas em seu próprio seio. A Alemanha agitava-se com a reforma protestante posta adiante pelo padre e teólogo Martinho Lutero (1483-1546). Impressas em várias línguas, as ideias de Lutero são espalhadas rapidamente por toda a Europa. Em França, os protestantes (huguenotes-calvinistas) se animam pelas pregações do erudito bíblico Jacques Lefèvre D’Étaples (1455-1536). “A pluralidade de movimentos religiosos, quase que simultaneamente com o momento em que se consolidava o poder e autoridade da Igreja, tornou necessário recorrer a medidas e estratégias de dissuasão por meio da excomunhão, tortura, ordálio (ou ‘prova de Deus’) queima de hereges ou o ataque a populações inteiras. Esse procedimento era inquisitório. Posteriormente o processo se institucionalizou, principalmente a partir da Reforma proposta por Martim Lutero, considerada o desafio mais perigoso ao catolicismo oficial.” [Báez, p.159].
           
Para se obter a confissão do "herege" era usada a tortura
Nostradamus, filho de judeus convertidos ao catolicismo, praticava a alquimia e a astrologia. Mesmo gozando da proteção nobreza, provavelmente ele teria sérios problemas com a inquisição se publicasse seus versos em ordem correta e de forma clara. Suas previsões para o futuro da Igreja Católica eram e são as mais sombrias possíveis. Por si só, elas denunciam abusos em claro apoio ao ideário reformista. Portanto, para um homem em sua posição, com uma família a preservar, seria extremamente temerário a expressão de versos subversivos em relação à Igreja e a outros poderes estabelecidos. Isso nos explica a supressão de vários versos nas Centúrias – certamente os mais perigosos. Mais adiante vamos ver que há indícios claros de que o próprio Nostradamus queimou parte de sua obra – infelizmente, perdida para todo o sempre. A possível perseguição a qual estariam sujeitos os filhos e outros descendentes de Nostradamus pela Inquisição, também é justificativa para o desordenamento proposital dos versos impressos e que chegaram até nossos olhos.
            Hoje, depois da concretização de parte das profecias, é possível desfazer-se da sua linguagem hermética e inferir uma ordem aos versos das Centúrias. Neste pequeno estudo, ordeno as quadras por assunto e, assim, verifico o desenrolar dos eventos numa linha do tempo lógica. Desfaz-se dessa maneira o genial disfarce engendrado pelo profeta que deu suas quadras para a impressão misturadas aleatoriamente, num jogo de enigmas a ser decifrado numa época posterior, mais favorável à difusão e estudo das profecias.
            Deduzo que Nostradamus pretendia escrever uma inédita epopeia com a história futura do homem. Em sua definição clássica, a epopeia está relacionada à descrição de fatos e sem, no entanto, ser necessariamente fiel a eles, ao dar espaço a lendas e à mitologia da tradição oral. Ela geralmente é elaborada em versos, desenvolve conceitos morais numa narrativa que contém personagens, tempo, ação e espaço, encaixados em cenários de guerra ou de extremas dificuldades para os protagonistas.
            Nas Centúrias encontram-se todos esses elementos, porém contados adiante do tempo do poeta. Nelas, o gênero humano é ameaçado por sucessivas guerras, sendo que as personagens épicas de comando são apresentadas como vítimas de um destino ditado pela imoralidade do matar em massa e continuamente num tempo infinito e no amplo espaço do planeta Terra. E aqui vai mais uma observação para esse inusitado épico, a presença do anti-herói como protagonista, não apenas um, mas vários deles. Uma ideia revolucionária para uma época eivada pela poesia de paixões de alcova e farta de atos heroicos dos cavaleiros andantes e navegantes.
            Talvez, o fascínio guardado nas Centúrias por todos esses séculos repouse na possibilidade de estarmos reconstruindo inconsciente e de forma constante essa estranha epopeia. Um jogo que só terá seu fim determinado na efetivação, ou não, da maior parte das profecias de Nostradamus.
            Neste escopo, trabalho apenas com os instrumentos da razão e permito-me, às vezes, caminhos que nos levam ao exercício da ficção, nada mais. Assim, realizo um novo ordenamento das Centúrias dentro dessa nova perspectiva da formatação de um grande poema dificultado pelos fatos não acontecidos, mas que devem ser imaginados ao se seguir a linha temporal da história e deduzidos a partir da realidade objetiva. “Afastando a imaginação fantástica, por meio do discernimento, podemos conhecer os acontecimentos futuros”, escreveu Nostradamus a seu filho César, num claro apelo ao racionalismo diante das profecias.
            Além das Centúrias, fazem parte da obra poética de Nostradamus, 141 presságios e 58 sextilhas e uma quadra entre a sexta e a sétima centúria que serve de alerta ao mau uso que se fizer das profecias. Em prosa, duas cartas, uma dirigida a seu filho César e outra ao rei Henrique de França, uma espécie de resumo das profecias.



A fogueira, como destino dos autores e escritos “heréticos”

            Os cuidados de Nostradamus ao “disfarçar” sua obra se explicam pelos destinos que eram
Na Inquisição, livros e homens "hereges" foram queimados 
dados aos autores e seus escritos supostamente heréticos. Lutero escapou da fogueira da Inquisição, mas seus escritos provaram do calor das chamas da intolerância. Leão X (1475-1521) excomungou Lutero e proibiu a leitura ou citação de qualquer coisa escrita por ele. Carlos V (1500-1558) ordenou a destruição de todos os seus livros. A partir de 1529 estava proibida a impressão de qualquer obra escrita que não fosse autorizado por um órgão sacerdotal. Em 1542, época em que Nostradamus já produzia seus versos, o papa Paulo III (1468-1549) constituiu a Romanae Universalis Inquisicionis seu Sancti Officci, abreviada para Santo Ofício, apenas. Essa instituição católica tinha o mesmo objetivo da inquisição da Idade Média, oferecer duro combate contra todas as supostas heresias – desvios das condutas cristãs e políticas da Igreja. Porém, como explica o historiador Báez, na sua História Universal da Destruição de Livros, o Santo Ofício se concentrou nos teólogos e sacerdotes, rastreando com espiões e mercenários qualquer ideia suspeita.
            Em 1556, um ano depois da publicação dos primeiros versos das Centúrias, o rei francês Carlos IX (1550-1574) ratificou a lei que ameaçava os impressores, autores e vendedores com a prisão, ou destruição pelo fogo, dos escritos editados. A partir de 1571, nenhum livro poderia ser editado em França sem a permissão real.
            Nesse clima de desconfiança implacável, ao qual estavam expostas pessoas como Nostradamus, a cautela significava sobrevivência. Quando era impossível para a Inquisição atingir o autor, a obra era simplesmente destruída. Como exemplo, Baéz destaca a figura do alquimista, astrólogo e poeta Henrique de Villena (1384? -1434). Segundo o historiador, a Igreja não parou de perseguir Villena nem mesmo nos últimos dias de sua vida, até mesmo no dia em que ele morreu: “todos os seus livros foram confiscados, revistos e, em sua maioria, queimados”.
            Na carta a César, Nostradamus recomenda-lhe cautela ao informá-lo de que deixou de escrever muitas das profecias por causa da “injustiça do tempo presente” (Inquisição): “Resolvi não escrever minhas predições porque os governos, as seitas e os países sofrerão mudanças tão diversas, mudanças tão diametralmente opostas às condições presentes, que, se eu revelar o que será o futuro (em linguagem clara, bem entendido), os homens dos governos, das seitas, das religiões e os homens de convicção vão considerar essas profecias tão contrárias ao que desejam seus ouvidos fantasistas, que serão levados a condenar aquilo que será presenciado e reconhecido nos séculos futuros”. [Fontbrune, p.26].
            Na mesma carta, Nostradamus revela ter queimado todos os cânones e livros que ficaram ocultos durante longos séculos e que estavam em seu poder. E de fato, milhares são os livros que sabemos que foram escritos em séculos passados, pois constam citados em outras obras, e que jamais chegarão às nossas mãos, porque, seja por precaução ou de propósito mesmo, eles foram queimados nos séculos das trevas e superstição.
            Nem mesmo a obra de Nostradamus escapou da estupidez escondida nessa escuridão, conforme nos revela a História Universal da Destruição de Livros: “A primeira edição desse livro (Centúrias) se fez em 1555, em Lyon na oficina de Macé Bonhomme. Intitulava-se Les Prophéties. Incluía as três primeiras centúrias e 53 versos da quarta. Essa primeira edição, no entanto, é uma verdadeira raridade porque tem sido sistematicamente destruída desde seu aparecimento. No século XIX havia um exemplar na Biblioteca da Cidade de Paris, mas a destruição do prédio acabou com a amostra. Havia outro exemplar na biblioteca Mazarino, mas acabou sendo vendida por 12.310 francos ao Hôtel Drouot em 17 de junho de 1931.
            Hoje sabemos da existência de dois exemplares: um na biblioteca de Viena e outro na biblioteca Rochegude, na região do Tarn. Dessa primeira edição se fizeram, no entanto, várias reimpressões”. [Báez, p. 169].

José Fernando Nandé é poeta, jornalista e titular deste blog.


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Bibliografia




ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática latina. São Paulo, Saraiva, 2000.

BÁEZ, Fernando. História Universal da destruição dos livros. Rio de Janeiro, Ediouro, 2006.

BIRKKET-SMITH, Kaj. História da Cultura. São Paulo, Melhoramentos, 1962.

COMBA, P. Júlio. Programa de Latim, 1V. São Paulo, Salesiana Dom Bosco, 1991.

FONTBRUNE, Jean Charles. Nostradamus, historiador e profeta. São Paulo, Círculo do Livro, 1980.

FRANCO JÚNIOR & CHACON, Hilário, Paulo Pan. História econômica geral. São Paulo, Atlas, 1986.

FURLAN, Oswaldo Antônio. Língua e literatura latina e sua derivação portuguesa. Rio de Janeiro, Vozes, 2006.

GIBBON, Edward. Declínio e queda do Império Romano. São Paulo, Cia das Letras, 1989.

HERÓDOTO. História. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1985.

HOMERO. Ilíada. São Paulo, Martin Claret, 2008.

HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do homem. Rio de Janeiro, LTC, 2010.

NOSTRADAMUS. Les Propheties de M. Nostradamus. Lyon, Iean Hvguetan, 1696.

NOSTRADAMUS. Les Vrayes Centuries et Propheties de Maistre Michel NOSTRADAMUS. Leyde, Chez Pierre Leffen, 1650.

NOSTRADAMUS. Propheties de Michel Nostradamus. Avignon, J. A. Joly, 1815.

NOSTRADAMUS. Prophéties et centuries de Nostradamus. Paris. L. Passard, 1857.

VOLTAIRE. Dicionário filosófico. São Paulo, Escala, 2008.

WELLS, H. G. História Universal, 3 V. São Paulo, Cia Editora Nacional, 1967.

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