quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Ducci defende trabalhadores e aposentados enquanto deputados do Paraná dormem ou fingem que são mudos

Todos os dias dou uma olhada no noticiário da Câmara para ver se pesco alguma coisa que presta produzida pela sonolenta bancada paranaense naquela augusta Casa de Leis. E adianto, pouco ou nada se aproveita de nossos ilustres deputados. A maioria ainda não justificou o que gastamos para mantê-los usufruindo das mordomias de Brasília. O único que parece estar trabalhando é o deputado Luciano Ducci (PSB), muito criticado por este jornalista quando ele era prefeito da capital dessa província -- críticas merecidas, diga-se de passagem.
Ou das duas, uma: ou as assessorias dos gabinetes dos 29 deputados restantes não estão funcionando, por causa do sono, ou os deputados eleitos são ruins de serviço mesmo. Alguns, suponho sejam mudos, com cargos no parlamento, onde falar é regra e necessidade, não dão uma palavrinha além daquelas sussurradas no celular em plena sessão. Mudinhos mesmo, nada de discursos, apresentação de projetos, justificativa de voto, enfim, prestação de contas.
Pois bem, falava de Ducci.  Seu gabinete informa que o deputado apresentou projeto de lei que valoriza o salário mínimo dos idosos e dos benefícios mantidos pela previdência entre 2016 e 2019. Ducci defende que o salário mínimo continue sendo calculado com base no crescimento do PIB do ano passado e retrasado, garantido um percentual mínimo de 2% mais a reposição da inflação do ano anterior pelo INPC. “De acordo com o Dieese, o salário mínimo atual não supre as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia. Saúde, educação, entre outros”, disse.
O ex-prefeito de Curitiba atenta que em mensagem enviada ao Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff pediu o apoio dos deputados para aprovação da proposta que dá continuidade à política de valorização do salário mínimo. "Dentro desse contexto estamos apresentando nossa proposta que contribui também com os benefícios de idosos e aposentados e que possuam valores superiores ao salário mínimo para o período compreendido entre 2013 e 2020", explicou Ducci.
Com relação aos países sulamericanos, o salário mínimo brasileiro representa 50% do mínimo argentino, e encontra-se abaixo da média continental, que é de US$ 330 em 2014. “O salário mínimo é direito fundamental consagrado na Constituição Federal, que está diretamente ligado à satisfação das necessidades físicas e sociais do trabalhador, assim como à sua dignidade”, disse.

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