quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

"A Teoria de Tudo" deveria se chamar a "A Teoria do Nada"


Para quem gosta de Física, o filme "A Teoria de Tudo" é uma decepção. Ele é baseado na vida do físico Stephen Hawking, em livro escrito pela sua primeira mulher, Jane Hawking – interpretada por Felicity Jones. O roteiro é desviado para o romance do casal que é apanhado de surpresa pela súbita doença de Hawking, a qual o joga numa cadeira de rodas.
Mas, voltando à Física, os roteiristas conseguiram criar um buraco negro dentro doutro buraco negro. Explicações mal feitas e superficiais sobre a origem do universo certamente devem dar um nó na cabeça do expectador, como por exemplo, quando não dão os devidos créditos científicos a quem se deve dar, ao se abordar a busca de Hawking por uma única "equação elegante" para explicar todas as forças universais. Em verdade, a teoria do Campo Unificado pensada por Eistein. 
Seria algo assim como a pedra filosofal da Física, que Eistein perseguiu a vida toda sem nunca encontrá-la e que move o imaginário dos cientistas, até mesmo daqueles que ainda estão para nascer. Portanto, essa não é uma ideia original de Hawking, ele e qualquer estudante iniciante de Física também sabem, menos o roteirista e quem deu o pretensioso nome ao filme. 
Outra tentativa do roteiro é estabelecer a relação da Ciência com Deus, se enrolam tanto, que deixam os ateus indignados e os homens de fé perplexos.
De resto, sobra-nos a magnífica interpretação do ator Eddie Redmaney, que está ótimo no papel de Hawking. Um bom filme para saborear com pipoca e guaraná neste Carnaval.    

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