Guaratuba – Corpo de Bombeiros diz que podem chegar resíduos na cidade, mas não há motivos para acreditar em risco à população. Defesa Civil municipal e estadual, Simepar, Instituto Ambiental do Paraná e Corpo de Bombeiros estão monitorando a situação nos balneários de Coroados e Barra do Saí. A fumaça chegou a ser sentida na Barra do Saí, na divisa com Santa Catarina. Por medida de segurança, a prefeitura suspendeu as aulas na Escola Municipal Juraci Correia. Prefeitura e governo estadual mantêm os serviços de saúde em alerta para receber possíveis casos de intoxicação
Itapoá – No município catarinense de Itapoá, os moradores das localidades da Figueira do Pontal e Pontal evacuaram suas casas e dirigirem-se para a escola Frei Valentim. Defesa Civil orienta moradores das demais localidades a permanecerem em suas casas e ficarem preparados para novo comunicado. No início da tarde, houve uma mudança na direção do vento e uma nuvem de fumaça se dirigiu a Itapoá. No meio da tarde, por volta das 16h, ela já havia se dissipado. As aulas em todas as escolas estão suspensas na manhã desta quinta-feira.
Garuva – Em Garuva, os moradores das comunidades de Palmital, Baharas e Barrancos deixaram suas casas e a Defesa Civil. As aulas haviam sido suspensas em todas as escolas mas a prefetura voltou atrás e manteve a suspensão apenas para a Escola Duque de caxias, em Baharas.
Autoridades admitem que fumaça é tóxica e pedem calma em S. Francisco
Em São Francisco, a prefeitura decretou situação de emergência. Autoridades municipais e do governo federal pedem calma ao mesmo tempo em que a Defesa Civil admite que errou ao informar no início da tarde que a fumaça não era tóxica.
Praticamente 24 horas depois do início do incêndio, as autoridades do estado ainda se contradizem sobre os riscos de inalação da fumaça.
O incêndio começou por volta das 22h de terça-feira (24), depois de uma explosão de uma carga de amônio no armazém da empresa Global Logística, no bairro Paulas. Alguns bairros e baleneários próximos foram evacuados de madrugada e no in´cio da manhã.
Pela manhã, o Corpo de Bombeiros informava do grande perigo de inalação da fumaça. No início da tarde, técnicos do Centro Toxicológico de Santa Catarina, informava que as únicas consequências seria irritação. Eles avaliaram que os produtos envolvidos na explosão foram identificados como sendo nitrato de amônio, diofosfato de amônio e cloreto de potássio — e não nitrato de potássio, como divulgado preliminarmente por órgãos de segurança.
No final da tarde, o secretário da Defesa Civil de Santa Catarina, Milton Hobus, dizia que o nitrato de amônio era "moderadamente perigoso e tóxico".
Devido à grande quantidade de fumaça provocada pela oxidação do fertilizante, cerca de 380 moradores que residem nas proximidades foram retirados pelo Corpo de Bombeiros e levadas para a Escola Estadual Claurenice Vieira Caldeira.
O prefeito Luiz Roberto de Oliveira pede que a população tenha calma. “Tudo que é necessário e primordial está sendo feito para que a população não sofra com o ocorrido. Não é necessário sair da cidade, mas famílias que preferiram se deslocar, devem aguardar para retornar com total segurança. São Francisco merece toda atenção neste momento e não estamos medindo esforços para resolver este problema”, disse o prefeito.
Segurança – Sobre o fluxo de pessoas deixando a cidade durante todo o dia, o prefeito Luiz Roberto de Oliveira ressaltou, durante a coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira, 25, que a comunidade pode ficar tranquila. “Todo o policiamento do município está em alerta. Os francisquenses que deixaram suas residências podem ficar tranquilos que seus lares serão preservados”, comentou.
Doações – A Escola Municipal Claurenice Vieira Caldeira (Rocio Grande) está recebendo doações como forma de ajudar as cerca de 380 pessoas que estão desalojadas. Alimentos não perecíveis, cobertores, copos plásticos, pratos, talheres, água, material de higiene, entre outros objetos de necessidades básicas, são bem-vindos. Informações adicionais (47) 3444-1187.
Ministra – A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, fez um sobrevoo na região afetada pelo incêndio qacompanhada do secretário Nacional de Defesa Civil, Humberto Viana e do secretário de Proteção Civil e Segurança Pública de Joinville, Francisco José da Silva.
“Neste momento o mais importante é tranquilizar a população”, afirmou ao jornal “A Notícia”. Logo que tomou conhecimento sobre o incêndio em São Francisco do Sul, a ministra Ideli fez contatos com a presidente da Petrobrás, Maria da Graça Foster, que colocou todos os equipamentos e funcionários locais à disposição das autoridades francisquences.
Foto: James Tavares/Secom-SC
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