quarta-feira, 8 de abril de 2015

Político que ignora a opinião pública cai em desgraça

Políticos de certo sucesso nunca desprezaram a opinião pública. E isso vale para qualquer lugar do mundo – talvez, a lei mais antiga da política seja essa. Governadores, deputados e senadores, entre outros profissionais do ilusionismo, quando perdem o cargo em função de uma não reeleição, invariavelmente se fazem a pergunta: onde foi o erro, se estava indo tão bem?

Depois de algum tempo cai a ficha e eles descobrem que, em algum ponto, não respeitaram a opinião pública e de forma quixotesca a enfrentaram, preferindo seguir os conselhos de seus áulicos, quando não o nebuloso caminho de seus próprios interesses nada republicanos.

Já afirmei em outros escritos, que vivemos um novo tempo na difusão das informações, que são extremamente necessárias para a formação da opinião pública. Muitos ainda ignoram isso e, em segundos são tragados para o grande fosso dos que penam nas mãos do desprezo dos eleitores. Se antes da internet, a opinião pública agia lentamente e de maneira silenciosa, hoje ela se forma em segundos e de forma ruidosa. Uma vez formada, dificilmente poderá ser revertida essa opinião, pois há uma tendência natural – também ignorada por alguns temerários parlamentares – da supremacia do negativo sobre o positivo, ainda mais num universo político baseado na mentira, na maquiagem e na enganação propriamente dita.

Portanto, falamos aqui de um novo vetor que está impulsionando a opinião pública, a velocidade de difusão das informações e sua aceleração por meio de mecanismos de reprodução instantânea nas redes sociais. Os cálculos nos apontam que, no Brasil, já nos próximos anos, quase a totalidade da população terá acesso à internet e redes sociais.

"Teóricos blogueiros mercenários das novas mídias" consideram que o desafio é apenas descobrir formas de se comunicar usando essas novas plataformas cibernéticas. Mas não é somente isso, antes de tudo, o emissor primário das informações deve ser confiável e estar profundamente em sintonia com a opinião pública. Caso contrário, não há mágica que resolva o desgaste provocado por posicionamentos equivocados, por pronunciamentos sofríveis, ou pelo silêncio que encobre às vezes ações que ofendem os desejos desse público veloz e ruidoso.

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