Quando criança observava atentamente os que chegavam na Santa Casa de Misericórdia de Maringá, morava perto. Os casais de velhinhos, geralmente sitiantes ou agricultores, passavam por mim e algum tempo depois, um deles retornava sozinho, exibindo triste e solitária fita preta costurada à mão no paletó ou vestido.
Sim, o luto era uma fita preta. Agora, em frente ao Hospital das Clínicas, em Curitiba, vejo que quase todo mundo chega só, entra e desaparece. Em nosso tempo, a morte dispensa companhia. Ninguém ais leva a sério o "até que a morte os separe".
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