segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Queda nas atividades solares preocupa cientistas, a última vez que isso aconteceu, no século XVII, clima do planeta mudou

Em virtude do Inverno no hemisfério Norte e Verão no Sul, extremamente atípicos, andei procurando explicações no elemento mais suspeito de nosso Sistema, o Sol. Mas por duas semanas pouco encontrei sobre ele nos canais da internet que costumam monitorá-lo, como a Nasa, por exemplo. Duas possibilidades poderiam vir desse silêncio dos astrofísicos, ou estava acontecendo coisas inexplicáveis que precisavam ser checadas para não criar alardes e confusão, ou não estava acontecendo absolutamente nada. Somente agora, depois de várias semanas de busca, comecei a encontrar algumas respostas. Uma delas, a mais preocupante, é que o Sol está no mais absoluto sossego, todos os fenômenos inerentes ao Sol e que são periódicos, como a expulsão de massa coronal, cessaram ou estão aquém do previsto. Richard Harrison, diretor de física espacial do Laboratório Rutherford Appleton, em Oxfordshire, na Inglaterra, disse que nos 30 anos em que tenho trabalhado como físico solar, nunca vi nada parecido. Mesma impressão tem a pesquisadora Lucie Verde, do Laboratório de Ciência Espacial, da University College London: “para mim e para muitos outros cientistas solares, isso nos tomou de surpresa”.
Faz 100 anos que nossa estrela não se mostra tão calma, o que é surpreendente, pois esperava-se que estivesse em uma intensa atividade, já que, teoricamente, atravessa o auge do seu ciclo de onze anos. Os pesquisadores esperavam flagrar labaredas gigantes e grandes erupções de massa coronal, porém nada disso está acontecendo. O nível de atividade do Sol continua a cair em alta velocidade, uma tranquilidade que provoca uma inquietação inversamente proporcional nos especialistas.
De acordo com informações divulgadas pelo History Chanel, alguns cientistas dizem que o Sol pode estar entrando em um período conhecido como o Mínimo de Maunder, um evento ocorrido no século XVII. No entanto, nem mesmo naquela época, a atividade solar havia caído tão rápido como agora: uma análise do núcleo de gelo mostra que esse comportamento não ocorre faz 10 mil anos. Quando aconteceu, o Mínimo de Maunder foi acompanhado de invernos muito mais frios do que o normal e, por conta disso, o período ficou conhecido como “pequena era do gelo”. De qualquer maneira, essa calmaria do nosso astro preocupa os cientistas, que tentam descobrir os motivos de tamanha tranquilidade do Sol e o que isso nos trará como consequência.
O mínimo Maunder (em homenagem ao pesquisador Edward W. Maunder) dá-se quando as manchas solares tornam-se muito raras. Os pesquisadores descobriram que nesses períodos de raridade das manchas solares, a temperatura cai bastante nos invernos da Terra. Fenômeno ocorrido entre 1645 e 1715 em toda a Europa,


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