segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Eleição no Chile vai para o segundo turno


A ex-presidente socialista Michelle Bachelet obteve 46,68% dos votos, contra 25,01% da candidata governista Evelyn Matthei, com 99,34% das urnas apuradas oficialmente após as eleições gerais chilenas, o que significa que o país terá um segundo turno entre as candidatas. O Serviço Eleitoral confirmou que Bachelet, que busca a reeleição, enfrentará Matthei no próximo dia 15 de dezembro. Para vencer em primeiro turno, Bachelet precisava de 50% dos votos mais um. Bachelet que, em 2006, se transformou na primeira mulher a chegar à presidência, tinha expressado seu desejo de vencer no primeiro turno, algo que não acontece no Chile há duas décadas. "Sabíamos que o desafio de vencer no primeiro turno era complexo, fizemos um grande esforço e ficamos muito perto de alcançá-lo. Ganhamos esta noite e vamos trabalhar para ganhar amplamente em dezembro", afirmou a ex-presidente de 62 anos para simpatizantes na avenida Alameda de Santiago. As pesquisas projetavam uma vitória de Bachelet no primeiro turno. Mathei, por outro lado, havia declarado sua segurança em disputar o segundo turno, e celebrou o resultado. "Vamos ganhar no segundo turno", declarou a candidata, de 60 anos, em um discurso na sede da campanha. "Estamos contentes, muitas pessoas acreditam na direita e isto foi comprovado hoje. Agora resta trabalhar para ganhar no segundo turno que será mais difícil", disse María Ignacia Riveros, 30 anos, eleitora de Matthei. Apesar da grande diferença para a candidata de esquerda, a passagem ao segundo turno representa uma injeção de ânimo para a direita chilena, destacaram analistas. Em terceiro lugar, o cineasta socialista Marco Enríquez-Ominami recebeu 10,96% dos votos. Ele disse que não apoiará nenhuma candidata no segundo turno.

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