sábado, 9 de novembro de 2013

Candidatura trava recursos importantes para a Saúde, Educação e Segurança que viriam para o Paraná

Embora tente demonstrar que não, que a coisa é puramente técnica, ou burocrática, o governo Federal trava sistematicamente todos os pedidos de empréstimos do Paraná para investimentos em áreas importantes, como saúde, educação e, principalmente, segurança pública, caótica em quase todas as cidades. O motivo verdadeiro todo mundo sabe e soa como um escárnio ao povo paranaense. É que a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, é candidatíssima ao governo do Paraná em 2014 e nas contas frias da candidatura, colocar azeitona na empada de seus adversários não seria nada bom para as pretensões da ministra e de seu partido. Pragmatismo político sem inteligência que está colocando deliberadamente o Paraná na penúria, sem poder investir um tostão na reforma de uma escola ou em melhorias na polícia e delegacias. 
Talvez, ao ceder à inteligência, a estratégia parece estar sendo mudada pelo Governo Federal, mas de forma muito lenta para os graves problemas enfrentados pela população paranaense. Ontem, três empréstimos internacionais negociados pelo governo do Paraná e que totalizam US$ 477,2 milhões (R$ 1,1 bilhão) receberam aval da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Eles fazem parte de um pacote de sete operações que começaram a ser analisadas pela STN partir de 2011 e cuja dificuldade de tramitação acirrou o conflito político entre os governos estadual e federal. A decisão deve abrir as portas para que as outras quatro negociações, que somam R$ 2,3 bilhões, também sejam destravadas.
O maior empréstimo entre os três autorizados é do Banco Mundial, de US$ 350 milhões (R$ 812 milhões), destinado a investimentos nas áreas de agricultura, educação, meio ambiente e saúde. Pelo acordo com o banco, o estado oferece uma contrapartida de US$ 633,7 milhões (R$ 1,47 bilhão) em obras. O plano de utilização dos recursos inclui reforma, ampliação ou readequação de 340 escolas, além da construção ou melhoria da infraestrutura de 180 unidades básicas de saúde.
Essa negociação é a mais próxima de ser finalizada. Ela já passou pelo aval do Senado, em abril, e com a decisão da STN foi remetida à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A tendência é que o contrato possa ser formalizado na próxima semana.
Os outros dois empréstimos são financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Uma quantia de US$ 67,2 milhões (R$ 156 milhões) será destinada ao programa Paraná Seguro, que prevê investimentos à segurança pública. Outros US$ 60 milhões (R$ 131 mi) são ao programa Família Paranaense, que engloba iniciativas de assistência social.
Ambos foram encaminhados à Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento. Depois, passam pela Casa Civil e são remetidos ao Senado. Após a análise dos senadores, retornam à STN (como ocorreu com a operação do Banco Mundial). (Dados publicados pela Gazeta do Povo)

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