As eleições presidenciais deste domingo (17/11) no Chile serão marcadas por um duelo desigual entre duas mulheres. A ex-presidente Michelle Bachelet e a candidata governista Evelyn Matthei disputam a preferência da população numa campanha eleitoral marcada pela sombra da ditadura de Augusto Pinochet.
Não são poucos os motivos para a disputa ser considerada desequilibrada. Enquanto Bachelet conhece o cargo que ocupou de 2006 a 2010, Matthei é uma espécie de solução de emergência, depois que dois candidatos da aliança conservadora de direita desistiram de disputar a presidência.
Enquanto uma é amada até mesmo por opositores, a outra é originária da direitista União Democrática Independente (UDI), do atual presidente Sebastian Piñera, que deixa o cargo com alto índice de impopularidade. Enquanto, de acordo com as pesquisas de opinião, uma pode contar com uma vitória folgada no primeiro turno, a outra já pode se dar por satisfeita se alcançar mais de 20% dos votos.
Nestas eleições, tudo joga a favor de Michelle Bachelet, que é médica, ex-presidente e candidata da aliança de centro-esquerda. Poucos duvidam que ela vá ocupar pela segunda vez o Palácio de la Moneda, residência oficial do chefe de Estado chileno.
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