Pais, professores e alunos estão estarrecidos com um episódio que aconteceu nesta semana dentro da Escola Municipal Luiz Marcelino de Andrade, no bairro Jardim Condor, em Araucária, na região metropolitana de Curitiba. Cinco alunas de 10 anos, juntas, tramaram a morte de outra aluna no banheiro do colégio, durante a saída das aulas. A mãe da menina chegou a tempo e conseguiu impedir. A Banda B obteve com exclusividade o depoimento do pai, que é ouvinte da programação da rádio. “Quase mataram minha menina”, disse revoltado.
O plano das garotas, que estão 5ª série do ensino fundamental, de acordo com o diretor da escola Henrique Teobaldo, aconteceu na casa de uma delas, enquanto faziam a unha. “A princípio duas tiveram a ideia de levar a acetona e um pano para matar essa colega e chamaram outras três. Elas atraíram a menina para dentro do banheiro e enquanto uma pegou a acetona a outra arrumava o pano para colocar dentro da boca dela. Agora, uma joga a responsabilidade para outra, mas sabemos que duas tiveram a ideia”, descreveu o diretor.
Nesse momento, segundo relatou o diretor, a mãe da garota, que estava a espera da filha do lado de fora, recebeu uma informação de outra colega, que teriam levado a filha dela para dentro do banheiro. “A mãe chegou e elas já estavam tentando colocar o plano em prática. A filha não chegou a respirar a acetona nesta ideia macabra das meninas”. As garotas foram todas identificadas no dia seguinte e o diretor acionou o Conselho Tutelar.
O pai da menina, que sofreu o atentado, contou que a filha não frequenta a casa de outras meninas. “Ela não sai para lugar nenhum. Vai da escola para a casa e da casa para a igreja. Ela faz coreografia na igreja, participa junto com outras crianças. Não consigo encontrar alguma coisa que levassem elas a fazer isso”.
As garotas são vizinhas e não há informação concreta sobre a origem da briga. “A menina passou e disse que estavam batendo nela, assim, coisa de criança. Mas, o que é isso? Matar? São crianças, meu Deus”, desabafa o pai.
Ainda, segundo ele, a filha não conseguiu contar com precisão o que teria acontecido ou que elas teriam falado dentro do banheiro, mas a intenção das cinco garotas, de acordo com o diretor, era matar a aluna. “Já conversamos com todos os pais e agora vamos ver quais procedimentos são feitos nesses casos. Encaminhamento para psicólogo ou algo assim”, aponta o direto da escola.
O Conselho Tutelar já está mediando a situação e tomando providências cabíveis a idade das meninas. Todas estão frequentando as aulas normalmente.
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