quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

A INTERNET REVIVEU A POESIA


A internet e suas ferramentas de contato público – sites, blogs, e-books, redes sociais etc – prestam grande serviço à literatura e à cultura de um modo geral. A poesia, por exemplo, que muitos consideravam – até mesmo maldosamente, movidos por outros propósitos – algo acessível a poucos, quase que um gênero literário esquecido, vendido em livrinhos de bar em bar e impróprio aos delírios utilitários modernos, nunca viveu tempo melhor. É praticamente impossível não topar com um poema ou versos toda vez em que acessamos a Web; e com grandes vantagens, o próprio internauta seleciona o que julga ser melhor para ele comentar, criticar, guardar e ou passar adiante. Nós, poetas, que teimamos anos a fio sem perspectivas de uma difusão rápida do que produzíamos, estamos felizes e ao mesmo tempo apreensivos quanto ao futuro dessa liberdade que todos desfrutam. Por isso, toda vez em que se fala de mecanismos de controle da internet, trememos, porque poesia é antes de tudo liberdade e felizmente já não dependemos de projetos de governo, mecenas ou a boa vontade de editores para que a nossa obra ganhe mundo.
Isso mesmo, não tememos mais os censores, seres travestidos de críticos literários, geralmente bem pagos para isso, comprometidos com o sistema e que relegavam ao limbo das bibliotecas os nossos livros, pois o mundo é nosso novo espaço de trabalho e não mais a aldeia ou a prisão de nossa própria língua. E isso está deixando preocupada muita gente, porque a poesia subverte, desmascara intenções de dominação e revoluciona. Alguns perguntam sobre o dinheiro, como conseguir ganhos com isso tudo? E a resposta só pode ser dada com outras perguntas – poeta de verdade alguma vez pensou em dinheiro ao escrever; poetas ficam ricos com sua arte?
Voltarei a este tema, mas é muito bom abrir sua página de poesia na Web e verificar que os acessos estão vindo dos lugares mais inimagináveis possíveis e que a palavra trajada de reluzentes elétrons agora também tem a velocidade da luz. Vejam este exemplo aleatório, que fiz questão de tirar de nossa página de poesia
(www.versoserimas.blogspot.com.br), em que o controle de acessos mostra os mais diversos locais aonde nossa mensagem chegou e certamente se difundiu. (JFN).

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