quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Faltam remédios nas Unidades de Saúde a Caminho do Céu de Curitiba


Há mais de um ano, o prefeito Fruet desenvolve uma política meia-boca para a Saúde de Curitiba. Sem contar os óbitos divulgados neste período pela imprensa, morte de gente que estava tentando algum auxílio nas unidades de saúde, é fácil verificar que tais unidades estão superlotadas e o povo recebe um atendimento de gado marcado. De tanto maltratarem os curitibanos, essas unidades receberam a alcunha de ´´Unidades de Saúde a Caminho do Céu´´. Realmente, o caminho mais curto para se encontrar com o criador.

Lá, pulseiras coloridas são distribuídas aos cidadãos por uma atendente de portaria, que ninguém sabe se é enfermeira, médica ou outra coisa, entretanto é fato, que ela é uma burocrata que está ali para verificar os documentos da pobre alma e junto com duas outras pessoas de jaleco, depois de rapidíssimo exame, dizer da urgência ou não da doença que atinge o semi-vivente -- talvez essas sejam as pessoas mais importantes de Curitiba, com um grande poder de vida e de morte nas mãos.

Depois de devidamente marcada, a alma quase desencarnada é obrigada a ficar sentada em uma cadeira de plástico desconfortável até que os burocratas a encaminhem para um médico. Algumas dessas pacientes almas ficam ali por horas, sem comer, sem tomar água, porque faltam copos limpos nos bebedouros -- existem, de plástico descartável e são usados por todos.

Já no consultório, o médico perde mais tempo preenchendo o formulários do que atendendo a alma que está próxima do grande encontro com o criador; escreve as receitas e depois encaminha o quase espírito em franco processo de desencarne. Mas daí vem o golpe de misericórdia, na farmácia da unidade, a paciente alma que já se conformou com as futuras asas de anjo, recebe a informação que, dos seis medicamentos receitados, apenas dois estão disponíveis, o restante está em falta.

Ainda conformada, e quase espírito alado, a alma caindo de doente conta os trocados que tem no bolso, o que sobrou do pagamento da parcela do IPTU e sai debaixo de chuva para achar os remédios na Farmácia Popular, do governo federal, com preços supostamente mais baixos, e lá descobre que, dos quatro medicamento que estavam faltando, apenas dois estão disponíveis.

Sem muito o que fazer, com a febre aumentando e a chuva também, a pobre alma sai novamente às ruas, e contrariando todas as expectativas, com um grande sorriso no rosto, como se curada da indiferença administrativa da Prefeitura, já pensando no conforto do Céu, na nova cidadania oferecida por Deus, pois aqui, se depender da política de Saúde de Curitiba, ela será sempre tratada como cidadã de segunda classe, ou nem isso.

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