terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Jornalista de Curitiba é censurado no Facebook por hospital

Estamos na Idade das Trevas, não tenho dúvidas, principalmente quando verifico que a censura grassa por este país que sempre sofreu deste mal. Do Império à Ditadura, dos tempos das Diretas até os dias de hoje, sempre houve alguém disposto a calar jornalistas, não obstante a nossa Constituição garantir a liberdade de expressão de todo cidadão brasileiro. É o que está acontecendo com o jornalista José Aparecido Fiori, que está proibido de citar ou divulgar informações envolvendo a Liga de Combate ao Câncer do Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba, sob pena de uma multa diária de R$ 300. 
De acordo com Fiori, que foi jornalista voluntário do Hospital do Câncer, o Ministério Público abriu investigações a partir de outras denúncias e das suas, publicadas nas redes sociais, fato que o transformou em persona non grata dos conselheiros da entidade. Há tempos Fiori prestou serviços de jornalismo, como voluntário, ao Hospital do Câncer. 
Ainda de acordo com o jornalista, suas informações, obtidas sempre de fontes seguras e das próprias entidades, versavam sobre irregularidades no uso do dinheiro público (malversação); equipamentos, que poderiam estar sendo usados no tratamento do câncer, mas estariam parados, bem como a demora do funcionamento da UTI Infantil. O jornalista tornou público uma série de processos ou ações judiciais envolvendo a diretoria do hospital e a instituição filantrópica, por desvio de pacientes para clínicas particulares, de propriedade desses mesmos diretores que trabalham no Erasto. O Estatuto da Liga de Combate ao Câncer proíbe que pessoas empresárias, donas de outros negócios na área de saúde, participem como diretores do hospital. ´´E o Ministério Público, inclusive, aceitou a denúncia e está investigando os fatos´´, diz Fiori, que também estranha que, uma entidade que recebe dinheiro do SUS se utilize de contrato com escritório de advocacia para censurá-lo. 

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