quarta-feira, 11 de junho de 2014

Palanque para a Dilma pode rifar candidatura de Gleisi

Em análise anterior, ainda no início deste ano, apontávamos a candidatura da senadora Gleisi Hoffmann (PT) como a mais fraca e vulnerável de todas que pleiteiam o governo do Paraná. Uma das razões que apontamos foi sua pífia passagem pela Casa Cívil da presidente Dilma, avaliada pela imprensa nacional como inexpressiva, dentre outros adjetivos menos nobres. De volta ao Senado, Gleisi conseguiu repetir o feito, ou seja, conseguiu piorar ainda mais o que já era ruim, sua performance política.  Arrogante com seus pares, confusa em seus argumentos, ela tentou de todas as formas dobrar os senadores em projetos que favoreciam o governo federal, sem contar seus esforços para prejudicar politicamente o governador Beto Richa (PSDB) nos empréstimos internacionais buscados por ele para o desenvolvimento de projetos do interesse do povo paranaense.
Nessa sucessão de erros, Gleisi foi obrigada a ver a vigorosa retomada da candidatura do senador Roberto Requião (PMDB) ao governo estadual. De repente, baseada na falsa avaliação de que fizera uma excelente votação para o Senado e que voltaria a fazê-la ao governo do estado, ao mesmo tempo que ganhava a rejeição do povo, Gleisi sentiu seus oponentes subirem nas pesquisas. Fatos que, para qualquer político com certa inteligência, o fariam mudar de tática. Mas Gleisi teimou e paga para ver, como nesse lamentável episódio do repasse de miseráveis R$ 140 mil para a suposta "ajuda" aos paranaenses desabrigados nas enchentes. Depois disso, a presidente Dilma, que já estava caindo pelas tabelas no Paraná, certamente vai encontrar o chão e, junto com ela, arrastar para as enchentes o que restava da candidatura de Gleisi.
É óbvio que os partidários de Beto Richa devem tirar tudo que podem dessa inominável burrada política do PT. Aliás, é o que já está acontecendo. Foi a verdadeira pá de cal sobre qualquer possibilidade que ainda existia de sucesso na candidatura de Gleisi. Certamente, de posse das próximas pesquisas, a cúpula nacional do PT vai ter que tomar uma atitude para pelo menos salvar alguns votos para Dilma, que já andava mal no Paraná, como de resto em todo o Sul do país. Necessariamente, o PT vai precisar de um palanque forte para evitar a tragédia anunciada e esse segundo palanque foi construído na última terça-feira, com o apoio envergonhado de parte do PMDB à candidatura do Planalto. Agora, resta aos petistas torcerem por Requião, que deve enfrentar a convenção do PMDB local e vencer o duro assédio de Beto Richa sobre os convencionais do partido.
Caso Requião saia derrotado, o que nos parece improvável, não só Gleisi naufraga nas lamacentas águas dos rios paranaenses transbordantes, mas boa parte das chances de Dilma ou qualquer outra candidatura petista que se apresente ao Planalto. Nessa história toda, há de se fazer uma pergunta: já combinaram tudo com Requião? -- Ou, até que ponto seria favorável para o candidato do PMDB se abraçar a uma candidatura rechaçada pelo povo paranaense?
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário