Ontem lia sobre Tibério, o terceiro César de Roma. O cara era mau, mas muito mau mesmo, daqueles de deixar as notícias policiais de hoje simplesmente como algo leve. Interessante era que Tibério não censurava os versos que faziam sobre sua maldade e eram grafitados nas ruas. Isso de certa forma garantia sua fama e botava medo no povo e naqueles que poderiam querer um golpe de Estado ou revolta. Entretanto, censurava os livros que falavam sobre ele. Todo escritor tinha que apresentar o que escrevia ao imperador. Poucos tinham a sorte de continuar vivos. Portanto, essa mania de censurar biografias vem de longe. Augusto, o segundo César, também fazia isso, somente os escritores e poetas lambe-botas é que sobreviviam. Até o grande Ovídio foi exilado por ter dado uma cantada em versos numa parente do imperador e por ter tocado em temas que o falso puritanismo da corte.

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