A greve burra e impopular dos bancários continua

O bancários -- essa categoria em extinção, pois é substituída gradualmente pela máquina -- resolveram continuar com sua greve burra e prolongada. Os patrões banqueiros parecem nem ligar para isso, posto que seus lucros vão estar garantidos de uma forma ou de outra, queira no pagamento em caixas eletrônicos, queira pela ação das lotéricas que são hoje mais banco do que lugar para jogo de azar bancado pelo governo federal ou bicheiros mesmo. Notem que em anos anteriores, mesmo com a greve da categoria laboral, os banqueiros lucraram horrores e este ano vão lucrar também.
Numa coisa os dirigentes sindicais, os lúcidos pelo menos, devem concordar - a greve dos bancários já se tornou uma rotina anual extremamente impopular e passou a fazer parte do planejamento dos bancos, que costumam conceder férias a seus funcionários nesta época do ano. Por isso fazemos aqui algumas lembranças dos fundamentos da greve - a paralisação tem que causar prejuízo efetivo aos patrões, o que não está ocorrendo de forma alguma. Greves prolongadas costumam se tornar impopulares, isso está realmente ocorrendo. O setor de serviços é um intermediário entre a produção e os que necessitam desta intermediação, no caso os usuários e dentre eles, a grande massa de trabalhadores de outras categorias, que necessitam efetuar operações financeira, como trocar um simples cheque para continuar alimentando a prole servil. Falta, portanto, aos dirigentes sindicais alguma inteligência para mudarem a forma de buscar reajustes salarias -- forma que realmente cause prejuízos ao patrão e não à população.